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Serra diz que vai "mergulhar" na campanha

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse, após reunir-se com dirigentes nacionais e regionais do partido, que irá mergulhar na campanha em tempo integral, apesar de considerar indesejável a antecipação da corrida eleitoral. Serra disse que fará um esforço para elevar o nível da campanha, e desafiou seus adversários a comparecerem para um debate defendendo suas próprias idéias e não o que chamou de "propostas terceirizadas". "O governo do Brasil não pode ser curso de pós-graduação", comentou, insinuando que os candidatos que não são capazes de defender suas próprias idéias não têm condições de governar o País. Citou como exemplo os temas da reforma tributária e do mercado de trabalho. Segundo o ministro, os candidatos têm que, ao fazer referência a temas como este, explicitarem suas propostas. "O Brasil precisa de debate e reflexão", ressaltou. "É preciso que os candidatos digam como está o Brasil e o que precisa ser feito, além do puro discurso", acrescentou. O ministro comparou a imagem do Brasil a de uma garrafa com água pela metade: os negativistas acham que a garrafa está metade vazia, e os positivistas, que está metade cheia. Mas, segundo ele, ninguém quer jogar a água fora. A questão que divide os candidatos, na sua opinião, é com preencher o resto da garrafa. Serra evitou fazer comentários sobre o governador do Ceará, Tasso Jereissati, e sobre o senador Jorge Bornhausen, e negou qualquer tentativa de aproximação com o governador de Minas, Itamar Franco. Em um momento de descontração, durante a entrevista, Serra chegou a abrir um sorriso quando uma repórter de televisão pediu para que repetisse uma resposta sobre pesquisas eleitorais que havia dado quando as câmeras já estavam desligadas. "Se pesquisa decidisse eleição, você cancelaria a eleição. Se pesquisa decidisse eleição, o Maluf (Paulo Maluf) teria ganho a eleição duas vezes (para o governo de São Paulo) e o Lula (Luiz Inácio Lula da silva) três vezes (para presidente da República). Se pesquisa decidisse eleição, não precisaria ter eleição", repetiu.

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