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Serra diz que PT faz ´competição predatória´

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, classificou a campanha petista como "competição predatória". "Uma das armas eleitorais, além do dinheiro, é dizer que este ou outro programa social, se não for eleito o PT, será eliminado", disse. "É arma política de gente do governo, mas, na nossa biografia, não consta esta competição predatória." Para os tucanos, o "terrorismo eleitoral" atingiria a camada mais carente da população, que recorre a programas como o Bolsa Família e Vai e Volta (transporte escolar). Segundo o coordenador da campanha tucana, deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), o objetivo do PSDB é justamente o contrário. "Vamos ampliar e priorizar os programas sociais e combater gastos exóticos com consultorias e contratos milionários", afirmou. "É a teoria do medo que foi infiltrada na população que precisa dos programas." Serra questionou também a "falta" de veículos para o atendimento de emergência a população por parte do serviço 192, o que acarretaria sobrecarga no serviço 190 da Polícia Militar. "A alegação é sempre de que não há veículos, mas como há tantos carros usados pela Prefeitura para outras coisas porque eles não mobilizam a população?", indagou o candidato tucano. Ao falar sobre planos para a capital, caso seja eleito, Serra disse que o dinheiro do orçamento não é suficiente, mas que tem de ser bem administrado. "Tudo é prioritário e nada é prioridade, esta é a marca dos petistas que têm discurso social, mas investem em túneis", afirmou. "O que vejo é que o pouco que tem hoje não é bem utilizado, não se pensa em redução de custos." Segundo Serra, 4 mil pessoas trabalham na campanha petista. "São 800 reais por mês para cada pessoa e uns 200 reais devem ir para as empresas. Se calcularmos isso, dará R$ 4 milhões por mês na campanha. Como eles têm 4 milhões?" Sobre a criação de policlínicas, proposta da candidatura petista, Serra disse que a prefeita Marta Suplicy (PT) não teria explicado direito à idéia. "Se era prioritário, porque não o fez e deixou para a campanha? Não se pode alegar falta de recursos dadas as circunstâncias óbvias." Pela manhã, Serra esteve com a comunidade afrodescendente no bairro da Liberdade, no centro. À tarde, reuniu-se com moradores do Jaçanã, na zona norte, e depois se encontrou com representantes de bairros da zona oeste no Butantã.

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