
23 de junho de 2010 | 18h02
O tucano negou-se a comentar denúncias contra o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, cotado para o posto de vice. De acordo com reportagem publicada hoje no jornal "Folha de S.Paulo", Guerra teria nomeado para seu escritório no Recife (PE) nove funcionários fantasmas. Questionado sobre o assunto, Serra virou-se de costas e continuou a caminhada pela região de comércio.
Serra caminhou por uma hora pelo calçadão, ladeado pelos candidatos a governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a senador, Orestes Quércia (PMDB), e a deputado federal, Carlos Roberto, presidente do PSDB de Guarulhos. O número de assessores, seguranças e jornalistas - mais de 60 no total - cercando os políticos provocou empurra-empurra. "Não tá dando para andar", reclamou Serra.
Durante o corpo-a-corpo, Serra ouviu dezenas de declarações de voto, foi beijado, abraçado e tirou fotografias com todos os populares que pediam, com prioridade às crianças. Respondia aos elogios com sorrisos e agradecimentos, segurando forte a mão dos eleitores. Animado, chegou a ensaiar passos de dança com meninas que lhe cantarolaram uma música. Muitos populares aproximavam-se da aglomeração para aparecer nas fotografias e filmagens. "Em que canal vai passar?", perguntavam aos jornalistas logo depois de abraçar Serra. Uma estátua-viva fez graça com o tucano e beijou-lhe a mão, que ficou pintada de prateado.
O candidato enfrentou pelo menos dois momentos de tensão. Um homem aproximou-se e chamou Serra de "mentiroso". "Político só vem aqui em época de eleição", gritava. Serra virou-se para ele e respondeu: "Já vim aqui um monte de vezes. Não é a primeira vez, não." Já uma mulher acompanhou um trecho do cortejo e berrou: "O senhor só fez mal aos professores. Professor não vota no Serra."
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