Serra diz que grampo ilegal em comitê tucano no Acre é 'fato gravíssimo'

O ex-governador de São Paulo, então candidato à Presidência, comparou o caso à quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge

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Por Redação
Atualização:

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), considerou um "fato gravíssimo" a revelação de que a Polícia Federal (PF) colocou grampos telefônicos ilegais no comitê eleitoral do PSDB no Acre durante a campanha eleitoral de 2010, em nota divulgada nesta quarta-feira, 7.

 

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"Tratar-se de um fato gravíssimo que precisa ser investigado a fundo", afirmou o tucano, que na época disputava a eleição para presidente da República. Ele relacionou o caso com a quebra de sigilo de dados fiscais do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge.

 

"Acrescenta-se a outros episódios da mesma natureza, como as quebras ilegais de sigilo fiscal na tentativa de usá-los como armas eleitorais."

 

Grampos. O jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição desta quarta-feira que a PF fez escutas telefônicas no comitê eleitoral do PSDB no Acre. Os áudios aos quais o Estado teve acesso revelam detalhes da campanha do candidato tucano ao governo estadual, Tião Bocalon, como definição de agendas e requisição de material de propaganda. Até conversas com a coordenação nacional de José Serra à Presidência foram interceptadas.

 

A PF confirmou na terça-feira, 6, ao Estado que um telefone do diretório tucano no Acre foi grampeado. Segundo o órgão, o número estava em nome da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), alvo de inquérito por uso de caixa 2 e fraude eleitoral. A deputada nega que tenha cedido o telefone ao comitê.

 

 

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