PUBLICIDADE

Serra defende que Estado assuma o Porto de Santos

Governador quer modernizar sua infra-estrutura e dinamizar a economia de SP

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu nesta segunda-feira a estadualização do Porto de Santos como forma de modernizar sua infra-estrutura e dinamizar a economia de São Paulo. Ele fez o pedido na presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. "O Porto de Santos está no limite e sofre com a falta de investimentos e assoreamento. O governo do Estado, com a ajuda de parceiros, pode dar um salto muito importante para dinamizar nossa economia", afirmou. A idéia de Serra prevê um projeto integrado de desenvolvimento do Estado, com a conclusão do trecho sul do Rodoanel, que facilitaria o acesso a Santos. Para tanto, já pediu informalmente ao governo federal a regionalização do maior porto do País. Os serristas acham que Lula vai topar, porque os resultados de um provável êxito do empreendimento se refletem no aumento das exportações e em melhorias no PIB, cujo crédito recai no governo federal. A intenção é que a direção da Autoridade Portuária de Santos (APS) fique com o Estado e as operações do porto sejam privatizadas. Serra pediu ainda a Furlan investimentos para concluir o Ferroanel. Ele ressaltou que a obra facilitará o trânsito e o comércio do Estado, mas destacou que a responsabilidade pela obra é do governo federal e das concessionárias. Ao falar sobre o setor calçadista, Serra aproveitou para criticar a política econômica seguida pelo governo. "O setor calçadista tem sabido se proteger. As exportações voltaram ao mesmo nível de 2003, graças a criatividade e a luta dos produtores", disse. "Mas com essa combinação, de juros e câmbio, é muito difícil crescer de forma sustentada. A crise no Rio Grande do Sul é reflexo disso", acrescentou. Para Serra, a moeda está supervalorizada e é "um verdadeiro castigo" para as empresas exportadoras. Serra disse ainda que o País tem uma dívida com o setor calçadista, pois ele foi o primeiro a mostrar que o Brasil tinha capacidade de exportar produtos com muita qualidade. "Cabe aqui uma homenagem ao Rio Grande do Sul, que indiscutivelmente representou a vanguarda do setor. Meu Estado e outros municípios também têm sua importância, pois essa é hoje uma atividade nacional, mas não podemos deixar de destacar o pioneirismo dos produtores gaúchos", elogiou. Ele cumprimentou a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), pela "valentia" com que assumiu o governo e a forma como está enfrentando a "gravíssima" crise fiscal que o Estado passa. E saudou também o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de quem disse ser amigo de muitos anos. Ao iniciar seu discurso na abertura da Couromoda, no Anhembi, o governador de São Paulo pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do acidente nas obras da linha Amarela do Metrô de São Paulo. Ao encerrar seu discurso, ele deixou o Anhembi em direção ao local onde ocorreu o desmoronamento das obras, em Pinheiros. Este texto foi ampliado às 16h25. Com Carlos Marchi

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.