Serra critica gestões de Lula e Dilma na Petrobras

PUBLICIDADE

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

O ex-governador José Serra (PSDB) disse nesta quinta-feira, 20, em teleconferência, que as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff na maior empresa do País, a Petrobras, foi uma "verdadeira calamidade". "Eles (Lula e Dilma) tiveram um imenso talento em alterar o que vinha bem, o regime de partilha sobrecarregou a Petrobras e o Brasil hoje é deficitário em petróleo", frisou.Nas críticas ao governo petista, Serra listou também outra preocupação corrente, a inflação. Sua previsão é que este ano os índices inflacionários serão iguais ou maiores do que os registrados no ano passado. "Em 2013, a inflação brasileira já foi uma das maiores do mundo e ela afeta de maneira negativa as expectativas, até mesmo porque não há perspectiva de queda ou fatores que apontam para uma contração", afirmou.O tucano citou também que há perda de dinamismo na geração de empregos e previu que o Banco Central deverá continuar aumentando as taxas de juros. "E os nossos juros já são os mais elevados do mundo." Apesar das críticas, ele disse que não vê o quadro econômico tão calamitoso quanto se divulga."Não estamos bem não, mas não vejo que seja tão calamitoso. Apesar da perda de manobra com relação à inflação, não há risco de descontrole inflacionário. Na área fiscal, não há perspectiva de descontrole ou de calote, pois a dívida pública em relação ao PIB é baixa. E não se justifica o clima que prevê que o Brasil poderá dar um calote. Por isso, seria justo que se perguntasse porque há tanto pessimismo." E ele mesmo respondeu: "Isso decorre da falta de perspectiva de crescimento, o que afeta a confiança no País em qualquer parte do mundo, além do atraso e da incapacidade do atual governo e anterior (Lula) para impulsionar os investimentos em infraestrutura e energia."Para o ex-governador, essa é a razão principal do pessimismo que assola a área econômica do País. Ao falar das razões do pessimismo, ele disse que há também fontes "pouco sérias", citando as agências internacional de risco, classificadas por ele de "enviesadas e incompetentes", pois reúnem "economistas ignorantes" em relação ao Brasil. "Outra fonte pouco séria é a imprensa internacional. Me admira que presidentes se dignem a rebater essas matérias", numa crítica indireta a Lula e Dilma.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.