
05 de dezembro de 2015 | 02h02
Como o sr. avalia o desembarque do ministro Eliseu Padilha do governo Dilma?
Pelo o que li, o Padilha está aborrecido pelo motivo de uma nomeação na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Ele tomou como uma desconsideração e saiu. Então, para todos os efeitos, os motivos são esses.
Mas não é um momento delicado para deixar o governo?
Não sei a profundidade do aborrecimento dele, mas acho que, neste momento, por ter sido admitido o impeachment pelo Eduardo Cunha, dá margem a essas especulações. É uma hora muito ruim, uma hora delicada. Seria mais conveniente para todos se ele não estivesse saído.
Há pressão interna no partido para que o PMDB deixe suas respectivas pastas?
Não há nenhuma possibilidade de eu deixar o ministério. Não há pressão de ninguém. Nós estamos apoiando o governo da presidente Dilma. Estamos satisfeitos, compartilhando a administração e nós estamos francamente dizendo que não há nenhum fato gerador de um processo de impeachment. Não há crime de responsabilidade, não há nada. Alguns integrantes da bancada consideram que, com a saída de Padilha, Temer (
Michel, vice-presidente) deixou suas digitais a favor do impeachment.
Concorda?
De jeito nenhum.
Não é estranho o silêncio do vice-presidente Michel Temer sobre o impeachment da presidente?
Não tenho como responder
isso.
O senhor tem participado das negociações da comissão que vai tratar do impeachment?
Estou participando, conversando com os colegas. A ideia é que as pessoas que sejam indicadas estejam dispostas a defender com todas as forças, com toda a convicção, o mandato da presidente Dilma. / E.D.
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