Seqüestro e terror injetam US$ 200 mi em segurança privada

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Por Agencia Estado
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O "efeito Bin Laden" e o "efeito Sílvio Santos" vão injetar algo em torno de US$ 200 milhões no mercado brasileiro de equipamentos de segurança patrimonial, um setor que cresce vertiginosamente no país nos últimos cinco anos e que movimentou, em 2000, US$ 650 milhões. A avaliação foi feita por empresários do setor, reunidos em São Paulo na Exposec 2001- V International Security Fair, a maior feira do gênero da América Latina e uma das cinco maiores do mundo. A Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança estimava um crescimento, para 2002, de 20% no mercado de sistemas eletrônicos, índice que vem sendo mantido pelo setor nos últimos cinco anos. "Mas as conseqüências dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos e a repercussão do seqüestro de Silvio Santos nos obrigaram a alterar as previsões", afirmou José Roberto Sevieri, diretor da feira. De acordo com Sevieri, os empresários do setor trabalham hoje com a previsão de crescimento de 50% para próximo ano. "Os 30% a mais são conseqüência direta dos efeitos Bin Laden e Silvio Santos", avalia Jair Silva, diretor Comercial da Torex, uma das grandes importadoras brasileiras de equipamentos de segurança. O seqüestro de Sílvio Santos provocou um aumento imediato, ainda não quantificado em números, "mas já substancial", segundo Silva, na venda de equipamentos de segurança residencial. Os atentados em Nova York movimentaram investimentos nos sistemas de segurança das empresas estrangeiras instaladas no Brasil. "Mas o mais importante é que estas ocorrências acabam provocando um clima de insegurança que atinge o cidadão comum e alerta as empresas para necessidade de reforçar sua vigilância", avalia Sevieri. Exposec A inauguração da Exposec, em 1997, foi fundamental para a expansão do setor no Brasil. Até 1996, as empresas negociavam pouco mais de US$ 180 milhões em equipamentos de segurança no País. Com a instalação da feira, os números saltaram exponencialmente, ano a ano, até atingirem os US$ 650 milhões contabilizados em 2000. Este ano, o setor deve bater na casa dos US$ 800 milhões. Os organizadores estimam que, apenas nos três dias de duração da feira, serão fechados negócios em torno de US$ 350 milhões, um crescimento de cerca de 30% em relação à Exposec do ano passado. "A feira é, de longe, o grande centro de negócios do setor", avalia Ronaldo Fraga, gerente Comercial da HDL Indústria Eletrônica, especializada em sistemas eletrônicos e informatizados.

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