17 de outubro de 2007 | 17h26
Um grupo de senadores poderá reunir-se na próxima semana no Palácio do Planalto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para dar continuidade às discussões sobre a proposta de emenda à constituição (PEC) que prorroga até 2011 a cobrança daContribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Veja também:Governo pode enviar projeto paralelo de redução CPMF Decisão do TSE dificulta votação de CPMF no SenadoLíderes marcam blitz ministerial pró-CPMF no SenadoLula cobra lealdade da base no Senado para prorrogar CPMFGoverno oferece contrapartida à CPMF, diz líder do DEM Dê sua opinião sobre a CPMF Entenda a cobrança da CPMF A proposta foi feita nesta quarta-feira,17, pelo vice-presidente em exercício, José de Alencar, que veio ao Senado discutir com o presidente interino da instituição, Tião Viana, líderes e presidentes de comissões as razões do Governo para a prorrogação do imposto. "Estamos aqui para dialogar com o Senado e não para impor ou ameaçar. E entendemos que nesse encontro houve esse tipo de compreensão", afirmou José Alencar, em entrevista à imprensa. José Alencar disse ainda que explicou aos senadores que, no momento, o governo não pode abrir mão da CPMF nem de uma redução na alíquota do imposto, o que, no entanto, pode ser negociado no futuro. Grupo de trabalho Segundo a líder do bloco de apoio ao Governo, Ideli Salvatti (PT-SC), José Alencar também propôs ao senadores a criação de um grupo de trabalho para amadurecer as propostas em torno de um acordo que permita a aprovação do projeto de prorrogação da CPMF sem alterações. Caso a proposta seja alterada, o projeto volta à Câmara dos Deputados, atrasando sua tramitação e podendo assim interromper a arrecadação da contribuição. "O encontro desta quarta abriu as negociações em torno do assunto. Mas a CPMF tem que ser aprovada conforme o texto que veio da Câmara. Não é possível mexer no imposto neste momento, mas talvez em várias outras questões sim, como, por exemplo, o isenção da própria CPMF para uma determinada faixa, a redução das alíquotas desse imposto para 2008 e a desoneração da folha de pagamentos e outros produtos que possam representar avanços para a economia", explicou Ideli à imprensa. Já o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais,Walfrido Mares Guia, ao lembrar também que a PEC precisa ser aprovada sem modificações, elogiou o calendário de aprovação da CPMF proposto pelo líder do governo, Romero Jucá, que sugeriu uma data limite de 20 de dezembro para a aprovação da matéria no Senado. "Tem que aprovar do jeito que está porque o governo não pode abrir mão de uma arrecadação de R$ 40 bilhões neste momento ", afirmou, referindo-se ao valor total anual de arrecadação do imposto.
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