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Senadores encerram fase de discursos em sessão do impeachment

Após discursos, defesa e acusação terão 30 minutos para defender posicionamentos; depois disso, a votação sobre o relatório de Antonio Anastasia

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Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner , Isabela Bonfim , Fabio Fabrini e de Brasília
Atualização:
 Foto: Dida Sampaio/Estadão

Chegou ao fim no Senado Federal a fase de discursos da sessão de votação da pronúncia do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Ao todo, 46 parlamentares se pronunciaram – desses, 28 se manifestaram a favor do impedimento e 18 se manifestaram contra - além do relator do processo, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que também apresentou parecer a favor da saída de Dilma do cargo.

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Com o fim da fala dos inscritos, acusação e a defesa terão, cada uma, 30 minutos para apresentar seus posicionamentos. Após as falas, inicia-se uma votação eletrônica. Para dar prosseguimento ao processo, é preciso maioria simples dos votos, ou seja, metade dos senadores presentes mais um. Caso a maioria concorde em seguir com o impeachment, Dilma se tornará oficialmente ré no processo. 

Último senador a discursar, Sérgio Petecão (PSD-AC) declarou voto favorável ao relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG), que dá continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Vou votar a favor do impeachment pois tenho consciência de que o Brasil sofreu demasiadamente", disse.

"Temos de ver a razão pela qual a presidente Dilma Rousseff está sendo afastada. Se tem algumas pessoas que perderam sua boquinha, estão no direito de estrebuchar, mas não venha colocar todo mundo em um balaio só. O Senado tem 81 senadores e as pessoas que o acusam deveriam dar nomes", afirmou.

Mais cedo, Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que nenhum partido tem "moral para apontar o dedo para o PT". "Estão todos envolvidos em algum esquema de corrupção. Vamos ter coragem. Querem fazer uma limpeza? Vamos convocar uma eleição geral, então o Congresso também vai ser renovado. Isso é coragem, isso é ousadia", defendeu.

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