20 de maio de 2013 | 18h29
Brasília - Senadores da base governista evitaram comentar as declarações da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que acusou a oposição de criar os boatos que circularam no fim de semana sobre o fim do Programa Bolsa Família. Em seu perfil no Twitter, a ministra escreveu na manhã desta segunda-feira, 20, que as informações deveriam ser "da central de notícias da oposição".
Ministra diz que boato partiu da oposição
Preferindo comentar o fato em si, que levou milhares de brasileiros às agências, o primeiro vice-presidente do Senado, o petista Jorge Viana (AC), disse que seu partido e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram as maiores vítimas de boatos do País. Para o senador, ao reclamar das declarações da ministra, a oposição "vestiu a carapuça". "A oposição está chiando e, agora, querendo colocar a carapuça, mas não tem quem tenha sido mais vítima de boatos neste País que o presidente Lula, que o Partido dos Trabalhadores."
Segundo Viana, o governo hoje sofre com o que chamou de "terrorismo" de quem fala contra a inflação e dos problemas do Brasil. "Temos setores que se organizam, ou de maneira desorganizada mesmo, trabalham diariamente contra o País".
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que cabe à ministra responder às suspeitas que ela levantou. "Quem pode dizer as circunstâncias dessa questão é a ministra. Não me cabe avaliar a posição da ministra. O que estou dizendo é que qualquer fofoca sobre ou contra o Bolsa Família cai perante a verdade", declarou.
O peemedebista disse não acreditar que a oposição se preste a fazer esse tipo de "fofoca". "Pelo menos, não publicamente, porque seria uma burrice, seria uma ignorância. Fazer uma fofoca, uma ação contra o Bolsa Família é ir contra o povo brasileiro. Bolsa Família é um patrimônio do povo brasileiro e será mantido pela presidente Dilma cada vez mais", destacou.
Tanto Viana quanto Jucá especularam que fato pode estar ligado à antecipação da corrida eleitoral. Ambos, contudo, acreditam que se isso for verdade será um início de campanha ruim. "O pior que podemos fazer é transformar isso em uma disputa política. Se for isso, 2014 está começando muito mal", avaliou o petista. O senador do PMDB disse que esse tipo de ação acaba por fortalecer o governo. "Se partiu de alguém da oposição, foi uma proposta extremamente burra, extremamente mau sucedida que reforça a posição do governo", declarou Romero Jucá.
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