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Senador vai pedir audiência pública sobre venda da TVA

Representantes da empresa, da Abril e da Anatel serão convocados para depor sobre denúncias de Renan

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Por AE
Atualização:

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse nesta sexta-feira, 10, durante discurso no plenário, que vai apresentar requerimento para esclarecer as denúncias de irregularidades feitas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, relativas ao processo de transferência societária da concessionária TVA à Telefônica. O requerimento solicitará uma audiência pública com os representantes da Editora Abril, da empresa espanhola Telefônica e da Anatel na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), presidida por Wellington. O parlamentar afirmou que está procurando ser justo, tanto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, como com os demais envolvidos. "Torço para que essa operação da Telefônica com a Editora Abril seja limpa, pois a Abril reflete a história do Brasil", afirmou. A polêmica entre o grupo de comunicação e Calheiros se intensificou no último fim de semana, depois que a revista Veja publicou matéria acusando o senador de ser dono, por meio de "laranjas", de duas emissoras de rádio em Alagoas. Em resposta, Renan acusou a editora de "tentativa de fraude" na transação de venda da TVA para o grupo espanhol Telefônica. Acusações 'levianas' O Grupo Abril classificou como "levianas" as acusações do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) contra a companhia a respeito da compra da TVA pela Telefônica. Em nota divulgada na última quinta, a Abril reitera que as afirmações do parlamentar são "fruto do desespero". A nota da companhia rebate as declarações, afirmando que "que a parceria em questão está rigorosamente dentro da lei e já foi aprovada pelo Conselho Diretor da Anatel após nove meses de tramitação e análise". A editora também afirma que as reportagens sobre Calheiros foram "rigorosamente apuradas" e que "as confirma integralmente". Segundo a empresa, "aflições e problemas do senador derivam de suas condutas" e as ações do senador foram consideradas "suficientemente problemáticas pelos seus pares e pelo Procurador-Geral da República, que as encaminharam para investigação, de um lado, para o Conselho de Ética do Senado Federal e, de outro, para o Supremo Tribunal Federal".

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