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Senador quer regras mais rígidas para Orçamento

Por Agencia Estado
Atualização:

A correção da tabela do Imposto de Renda (IR) representará uma perda de receita anual para setor público de aproximadamente R$ 2,6 bilhões afetando os governos federal, estaduais e municipais. Para o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o Congresso terá de fazer um ajuste, um corte de despesas no Orçamento da União para compensar essas perdas. Em entrevista à Rádio Eldorado AM, o senador reclamou do relacionamento entre o Executivo e o Congresso quando o assunto é o Orçamento. Para ele, "o Executivo sonega informação da receita" e libera os recursos somente nos últimos dois meses do ano criando dificuldades na administração desses mesmos recursos. "Falta uma relação de maior credibilidade recíproca entre o Executivo e o Legislativo nesta questão do Orçamento", afirmou. O senador defendeu regras mais rígidas para a aprovação e a Execução do Orçamento para reduzir a margem de arbítrio do Executivo. "Isso é que dá margem à muita barganha, dá margem à muita negociação e à uma execução pouco profissional do Orçamento", afirmou. O senador também disse que a receita enviada pelo Executivo ao Congresso é subestimada, mas que se for corrigida pode superar a falta de dinheiro provocada pela correção na tabela do IR. Segundo o senador, hoje, o clima no Congresso é "absolutamente favorável" à aprovação do reajuste da tabela porque o governo demorou sete anos sem corrigí-la. Ele negou, porém, que a aprovação esteja relacionada ao ano eleitoral que está chegando e atribuiu a culpa ao governo. "O governo barrou várias iniciativas neste sentido", justificou o parlamentar. Alcântara ressaltou que o governo já teve mais poder no Legislativo para barrar o projeto de lei e evitar o reajuste. "Eu acho que o governo foi pouco inteligente, tentou uma negociação de última hora e se deu mal", opinou.

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