
24 de junho de 2009 | 17h27
O senador Renato Casagrande (PSB-ES) pediu em plenário nesta quarta-feira, 24, o encerramento das contas paralelas do Senado. Ele é responsável pela denúncia da existência de duas contas - uma corrente e outra de poupança - na Caixa Econômica Federal, em nome do Senado, no valor de R$ 3,74 milhões. Casagrande pede ainda que todos os recursos ali depositados sejam recolhidos à conta única do Tesouro Nacional. O senador informou também que encaminhou requerimento ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pedindo ainda a emissão dos extratos dos últimos cinco anos. Sarney mandou abrir sindicância para apurar a existência das contas.
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Sarney manda investigar conta paralela do Senado
Casagrande disse que, por enquanto, não há suspeição sobre as contas que, conforme seu relato, registrava apenas depósitos. Ele apresentou a suposição de que as contas pudessem funcionar para receber pagamentos de vendas de obras do Senado pelo sistema de reembolso. Ele defendeu ainda a exclusão da possibilidade de manutenção de recursos próprios do Senado fora da conta única do Tesouro Nacional. Para ele, o futuro regulamento administrativo do Senado deve impedir tal possibilidade.
As investigações do Senado ficarão a cargo da Secretaria de Controle Interno e a comissão de sindicância terá sete dias, a partir da data de publicação do ofício, para concluir os trabalhos. A comissão deverá apurar quem abriu as contas, qual a movimentação que foi feita e por quem esses recursos foram movimentados. A comissão deverá apurar quem abriu as contas, qual a movimentação que foi feita e por quem esses recursos foram movimentados.
Ainda de acordo com a assessoria do presidente do Senado, segundo informações da Agência Brasil, o parlamentar não tinha qualquer conhecimento de recursos paralelos aos que estão depositados na Conta Única do Tesouro Nacional. A descoberta da existência de contas paralelas surgiu durante uma investigação realizada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado.
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