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Senador diz que vai provar inocência

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Por Redação
Atualização:

No retorno ontem às atividades do Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse confiar que a perícia da Polícia Federal nos documentos que apresentou para comprovar rendimentos de R$ 1,9 milhão com atividades agropecuárias vai provar a sua inocência. ''''O que eu quero é que a verdade venha à tona'''', frisou. ''''Estou absolutamente tranqüilo e com a certeza de que vamos ter provas contra essas maledicências que estão dizendo contra mim.'''' Renan é processado no Conselho de Ética do Senado por acusação de ter contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. Segundo a denúncia, o amigo garantia o pagamento da pensão de uma filha do parlamentar com a jornalista Mônica Veloso. O lobista custearia, ainda, o aluguel de Mônica, teria feito contribuições eleitorais sem declarar à Justiça Eleitoral e cedido um flat de luxo. Desde que a denúncia veio à tona, em 25 de maio, o presidente do Senado nega com veemência envolvimento com qualquer irregularidade, recusando-se a deixar o cargo ou desistir do mandato. Já fez um discurso para dizer que pagou tudo com recursos próprios. Depois, entregou documentos à Corregedoria do Senado e, por fim, usou o argumento dos rendimentos com agropecuária para comprovar que não precisava da ajuda de Gontijo. Os documentos, porém, levantaram novas suspeitas - notas fiscais de venda de gado que podem ser frias, operações com empresas fantasmas, valor acima do preço de mercado. O PSOL não aceitou as justificativas e, aproveitando uma perícia parcial da PF que não atestou a veracidade da papelada, conseguiu a abertura do processo. Agora, o colegiado aguarda o final da perícia completa nos papéis entregues por Renan, por compradores do gado e pelo governo alagoano. O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do processo, disse ontem que os peritos receberam ''''mais de 90%'''' dos documentos necessários para responder às 30 indagações feitas pelo colegiado.

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