Senado vai gastar R$ 5 milhões com IR de senadores

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Por Rosa Costa
Atualização:

O Senado vai gastar R$ 5 milhões para quitar a dívida de Imposto de Renda não recolhido sobre o 14º e 15º salários dos senadores nos últimos cinco anos. Pelos dados divulgados no final da noite desta terça-feira, mais da metade dos 81 senadores decidiram quitar com dinheiro público as parcelas do imposto cobrada pela Receita Federal.No valor de R$ 26,7 mil cada, os salários extras foram pagos aos senadores no período de 2007 a 2011. A Diretoria-Geral do Senado informou que vai transferir para o contribuinte a despesa extra de R$ 5.043.141,43 referentes ao imposto de renda de 119 senadores, incluindo titulares, suplentes e ex-senadores.A Casa divulgou apenas a lista com o nome de atuais e ex-senadores que se comprometeram a quitar o débito com dinheiro próprio. Entre os 46 parlamentares que vão tirar do próprio bolso o valor que deve ser repassado para a Receita estão os atuais ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação), Marta Suplicy (Cultura) e Edison Lobão (Minas e Energia), e outros políticos que não exercem mais o mandato, como Marina Silva (ex-ministra do Meio Ambiente) e o ex-vice-presidente da República Marco Maciel.Pela relação se constata, pela omissão dos nomes, que os três senadores do Acre, entre os quais está o vice-presidente do Senado, Aníbal Diniz (PT), juntamente com Jorge Viana (PT) e Sérgio Petecão (PSD), vão pagar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) com dinheiro do Orçamento. Na mesma situação estão os três senadores por Roraima, Angela Portela (PT), Mozarildo Cavalcanti (PTB e Romero Jucá (PMDB) e dos senadores por Alagoas, Fernando Collor (PTB), Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP). A lista dos senadores que vão usar o dinheiro público para quitar o débito com a Receita inclui ainda nomes como Pedro Simon (PMDB-RS), Paulo Paim (PT-RS), Delcídio do Amaral (PT-MS), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), João Vicente Claudino (PTB-PI), Magno Malta (PR-ES) e Francisco Dornelles (PP-RJ), entre outros.

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