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Senado vai começar a investigar ACM

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), anunciou nesta segunda-feira que dará início às apurações envolvendo o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no processo de quebra de decoro parlamentar sem ter indicado um relator para o caso. Tebet tomou a decisão depois que o PSDB suspendeu a indicação do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que é visto como adversário político de ACM, para a relatoria. O Conselho está investigando ACM porque ele teria violado o sistema de votação eletrônica do Senado. O pedido está baseado numa reportagem da revista IstoÉ, na qual ACM diz, em conversa com três procuradores federais, ter conhecimento dos votos de senadores da sessão secreta que aprovou a cassação de mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Nesta terça-feira, a Comissão de Fiscalização e Controle, que apura a suposta participação do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira em suposto esquema de tráfico de influência, vai ouvir dois procuradores que participaram do encontro com ACM: Guilherme Schelb e Eliana Torelli. Tebet havia acertado a indicação de Paes de Barros para a função com o líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE). O líder tucano chegou a encaminhar, inclusive, um ofício à Mesa do Senado, nomeando Paes de Barros para a vaga de titular do Conselho no lugar do líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF). A substituição, no entanto, foi rechaçada por integrantes do PSDB. A avaliação de dirigentes tucanos é que a manobra poderia ser interpretada por ACM como um sinal de que o governo estaria disposto a ?fortalecer? a acusação contra ele. ?Como nossa intenção é baixar a bola e acabar com a guerra na base aliada, não seria inteligente essa nomeação?, disse um senador do PSDB. Diante do recuou do PSDB, Tebet decidiu dar andamento à apuração marcando para quarta-feira os depoimentos dos repórteres da IstoÉ Andrei Meireles, Mino Pedrosa e Mário Simas Filho, autores da matéria. ACM, o corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PFL-SP), e o procurador Luiz Francisco de Souza, também poderão ser ouvidos esta semana no Conselho de Ética. Tebet reconheceu que tem enfrentado problemas para a indicação de um senador para a relatoria. ?Além de evitar a escolha de um senador do PMDB e do PFL para a vaga, já que são partidos envolvidos em uma disputa política, alguns senadores não aceitaram a missão?, disse o senador ao detalhar as dificuldades enfrentadas por ele. Conforme resolução que instituiu o Conselho, ele disse ter um prazo de 30 dias para indicar um relator.

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