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Senado só deve retomar votações em novembro

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Por Andrea Jubé Vianna
Atualização:

Embora a presidente em exercício do Senado, Serys Slhessarenko (PT-MT), tenha declarado que pretende retomar as votações em plenário no próximo dia 20, a previsão é de que não haja quórum para as sessões deliberativas. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), orientou os senadores da base aliada a não comparecer à Casa na próxima semana.Nos bastidores, a orientação é de que os governistas esvaziem o Senado a fim de impedir a oposição de transformar o Senado em um palanque paralelo da disputa presidencial. Além disso, a ausência do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que se recupera de uma cirurgia cardíaca e ficará afastado até o fim do mês, contribui para o adiamento das votações.Entretanto, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), reeleito no último dia 3, afirmou à Agência Estado que abrirá a reunião do colegiado na próxima quarta-feira (dia 20). Ele salientou que existem 82 itens à espera de análise na pauta da CCJ, mas admitiu que se os governistas não comparecerem, não haverá quórum para votação.Demóstenes ironizou a estratégia de Jucá para esvaziar o Senado: "A disputa presidencial está em todo lugar, ele não quer que chegue aqui?", questionou. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) também não deve se reunir na próxima terça-feira. O presidente da comissão, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que se reelegeu, está de licença do mandato até novembro. E o vice-presidente, Delcídio Amaral (PT-MS), também reeleito, não confirmou presença em Brasília na próxima semana.Além da orientação de Jucá para que a base aliada esvazie o Senado até a eleição, muitos parlamentares ainda estão envolvidos com o segundo turno da corrida aos governos estaduais. Haverá segundo turno em oito Estados e no Distrito Federal.

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