
07 de outubro de 2009 | 14h21
A criação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar repasses públicos para financiar ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras entidades sociais depende agora só da coleta das 171 assinaturas necessárias na Câmara dos Deputados.
O deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS), que juntamente com Ronaldo Caiado (DEM-GO) é o responsável pela coleta de assinaturas na Casa, afirmou em entrevista ao estadao.com.br que, até o final da tarde desta quarta-feira, 7, o número de parlamentares que assinou o documento de abertura da CPMI já era de 130. A quantidade mínima de assinaturas necessárias para que a comissão seja aberta é de 171.
Lorenzoni mostra estar confiante e acredita que até terça-feira de semana que vem, dia 13, as 41 assinaturas que faltam serão recolhidas. O deputado aponta um fato que impulsionou o movimento de criação da CPMI: "A invasão da fazenda da Cutrale facilitou muito a adesão dos deputados a este documento".
Também nesta quarta, o ministério do Desenvolvimento Agrário, em resposta a requerimento de informação pedido pelo deputado Ronaldo Caiado, informou que nove entidades que seriam ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) receberam do governo federal um total de R$ 115 milhões nos últimos cinco anos. Além disso, o governo afirmou que não sabe como os recursos foram gastos em sua totalidade.
Esta não é a primeira vez nas últimas semanas que a senadora Kátia Abreu e os deputados Ronaldo Caiado e Ônix Lorenzoni tentam abrir uma CPI mista para investigar o MST. Há cerca de uma semana o número de assinaturas foi atingido, mas muitos deputados, posteriormente, retiraram seu apoio a causa, o que inviabilizou que comissão parlamentar de inquérito fosse aberta.
Agora, para não correr o risco que colegas de Parlamento voltem atrás novamente, Lorenzoni, que credita ao governo o recuo dos deputados, afirma que irá fechar um pouco o foco de seus esforços de convencimento. "Estamos tendo o cuidado de não recorrer aos deputados que tiraram as assinaturas da outra vez. Vamos abordar quem apoia a causa e quem irá agir independentemente de recomendações do governo", ressaltou.
Com informações da Agência Brasil
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