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Senado instala Conselho de Ética; aliado de Sarney vai presidir

Há quatro pedidos para investigar presidente da Casa; próxima reunião foi marcada para depois do recesso

Por Eugênia Lopes
Atualização:

O Senado conseguiu instalar nesta quarta-feira, 15, o Conselho de Ética, que pode abrir investigação contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), indicado do líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aliado de Sarney, foi eleito presidente do conselho. Foram dez votos favoráveis ao nome de Duque, quatro em branco e uma abstenção. O peemedebista ficará no comando do conselho pelos próximos dois anos. Duque marcou a próxima reunião do conselho para o dia 5 de agosto.

 

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Duque é segundo suplente do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e teve uma atuação considerada "ótima" pelos líderes governistas ao presidir ontem a instalação dos trabalhos da CPI da Petrobras. 

 

Hoje, os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e João Ribeiro (PR-TO) pediram afastamento do conselho. Valadares pretendia ser indicado para a presidência, mas disse que resolveu se afastar porque não havia consenso entre os colegas.

 

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) atribuiu a "falta de consenso" à tentativa de alguns grupos de "blindar" Sarney, alvo de seguidas denúncias de envolvimento em irregularidades. Uma representação partidária - do PSOL - e três denúncias do líder do PSDB, Arthur Virgílio, já foram enviadas ao Conselho de Ética requerendo a abertura de processos contra Sarney por quebra de decoro.

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