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Senado faz concorrência para melhorar segurança

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Senado pretende aumentar a segurança do seu sistema de votação eletrônica, comprometida desde que foi descoberta a violação do painel na sessão em que foi cassado o mandato do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), em 28 de junho do ano passado. O Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) está abrindo concorrência para contratar uma empresa que deverá providenciar "o incremento da segurança do sistema, incluindo a alteração e elaboração de programas de computador, fornecimento de equipamento e assistência técnica". As propostas serão abertas em 04 de janeiro de 2002. A falta de segurança do painel de votação eletrônica do Senado só foi descoberta em abril deste ano, e sua violação acabou obrigando o ex-presidente da casa Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o ex-líder do governo José Roberto Arruda (ex-PSDB e atualmente no PFL-DF) a renunciarem a seus mandados. Foi o próprio ACM que deu a primeira dica sobre a violação. Num encontro que manteve, no fim de março, com os procuradores da República no DF, Guilherme Schelb e Luiz Francisco de Souza, ele disse ter provas de que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) teria votado contra a cassação de Luiz Estevão. O procurador Luiz Francisco gravou a conversa com ACM e cedeu a fita para a revista IstoÉ, que a divulgou. A Corregedoria do Senado abriu inquérito para apurar se houvera efetivamente a violação do painel de votação. Para isso, contratou os serviços técnicos da Universidade de Campinas (Unicamp), que detectou interferência no sistema, no dia da cassação de Luiz Estevão. As evidências levaram a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges, que no inquérito havia negado a violação, a mudar seu depoimento para admitir seu próprio envolvimento e o de outros funcionários do órgão. Ela alegou que recebera ordens do então líder do governo no Senado, senador José Roberto Arruda. Também este negou e, posteriormente, confirmou seu envolvimento, o mesmo ocorrendo com ACM. Parado durante algum tempo após o episódio, o painel voltou a ser usado pelo Senado após o recesso de julho. Por seu turno, a senadora Heloísa Helena continua negando ter votado contra a cassação de Estevão.

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