
05 de julho de 2009 | 18h19
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, as contas paralelas foram criadas em 1997, na gestão do então presidente Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA). Estas contas secretas estão fora da contabilidade oficial do Senado e do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e são movimentadas pelo diretor-geral da Casa, cargo que Agaciel Maia ocupou nos últimos 14 anos até ser afastado em março passado.
O senador Heráclito disse que as contas não são secretas nem irregulares, apesar de estarem fora do Siafi. "A conta é necessária porque é com esse dinheiro que é custeado o plano de saúde. A questão é saber se é bem gerida", disse o primeiro-secretário, defendendo a criação de um conselho de gestão para administrar os recursos, com a participação de servidores do Senado, da ativa e aposentados. "Essa conta não é secreta, é especial", acrescentou.
O senador Renato Casagrande contou que já havia a suspeita da existência de outras contas, que estavam sendo investigadas pela comissão. "A nossa avaliação é que estas contas eram uma prática equivocada, tanto que o Senado mandou encerrar as contas. Me estranha muito, se existirem estas outras contas, porque não fizeram tudo de uma vez só", afirmou o senador, lembrando que no mês passado foram identificadas duas contas paralelas, no valor de R$ 3,740 milhões.
Casagrande disse que apresentará hoje um pedido de esclarecimentos ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
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