Senado é palco de agressões físicas antes de sessão secreta

PUBLICIDADE

Por NATUZA NERY
Atualização:

O dia de tensão no Senado começou com troca de agressões físicas antes mesmo do início da sessão fechada que decidirá o destino político do presidente da Casa, senador peemedebista por Alagoas Renan Calheiros. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) tentava entrar no plenário do Senado quando foi empurrado contra a porta de vidro por um segurança, ainda não identificado. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) saiu em defesa de Gabeira, agredindo o segurança, que reagiu. "Quanto à entrada dos deputados, houve uma tensão normal de um momento que a Casa vive de dificuldade, mas já está superado", afirmou o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC). "No momento, temos mais de 35 senadores já em plenário e, a partir de 41, nós iniciaremos a sessão", disse. Treze deputados --incluindo Gabeira e Jungmann-- conseguiram na noite de terça-feira uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) para que possam acompanhar a sessão que vai decidir se cassa o mandato de Renan. A mesa diretora do Senado já recorreu ao STF pedindo que o ministro Ricardo Lewandowski garanta o sigilo da sessão. Tião Viana, que presidirá a sessão, quer punição se algum dos presentes vazar informações. Jungmann informou ainda que a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) tinha um sangramento em uma das pernas decorrente de agressão no tumulto. O deputado Gabeira também agrediu, involuntariamente Tião Viana, e depois se desculpou com um beijo. Jungmann entrou em contato com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pedindo a defesa dos deputados. O senador Renan Calheiros chegou ao Senado para a sessão, mas evitou declarações.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.