'Senado cumprirá, nesse momento, seu papel constitucional', diz Renan sobre carta de Dilma

O presidente do Casa destacou que trabalhará para manter a isenção durante o julgamento do processo de impeachment, que será comandado por Ricardo Lewandowski, presidente do STF

Por Ricardo Brito
Atualização:
O presidente do Senado,Renan Calheiros (PMDB-AL) Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - Minutos após a divulgação da carta da presidente afastada, Dilma Rousseff, em que chama de "golpe" o processo de impeachment e defende a realização de eleições gerais se permanecer no cargo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a Casa - no momento de conflagração nacional - vai cumprir o seu papel constitucional. Ele destacou que, como presidente do Senado, trabalhará para manter a isenção durante o julgamento, que será comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

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"O julgamento começará no dia 25, deve se estender por três ou quatro dias e eu não tenho nenhuma dúvida - e como os senhores sabem - o presidente do Senado é apenas produto do que o Senado quer e pensa. O Senado vai cumprir o seu papel", disse.

Mais cedo, antes de se reunir com o presidente em exercício, Michel Temer, Renan disse ser contra a realização de um plebiscito para defender novas eleições, defendido por Dilma na carta. "Na democracia, a melhor saída sempre é a saída constitucional e plebiscito e novas eleições não estão previstos na Constituição. Então isso não é bom", afirmou Renan.

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