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Senado corre para chegar ao fim do processo contra Renan

Oposição quer resolver os impasses esta semana e votar cassação em plenário na próxima quarta-feira

Por NATUZA NERY
Atualização:

O Senado decidiu acelerar o processo que analisa a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e está disposto realizar as sessões do Conselho de Ética e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira. O presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), deve convocar uma reunião extraordinária da comissão logo após a votação no conselho.   Veja também:   'Acusações viraram pó', diz Renan em mais uma defesa Para funcionária de Renan, ataque de ex-marido é para atingi-la PSOL quer incluir nova denúncia no caso Schincariol Denúncias contra Renan abrem três frentes de investigação  Cronologia do caso Renan Em semana decisiva, Renan pode enfrentar quarto processo Nova denúncia: Renan tem de explicar propinas   As duas instâncias antecedem a votação em plenário, que encerra o processo. Pela proposta do líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM), o Conselho votaria a proposta contra Renan na manhã de quarta-feira e a CCJ apreciaria o pedido de perda de mandato à tarde. Com isso, o caso estaria pronto para ir a plenário na quarta-feira seguinte, dia da semana em que tradicionalmente o Congresso tem quórum mais alto de parlamentares. "Hoje a previsão é essa, mas as coisas aqui vão mudando de acordo com a vontade do presidente ... Porque ele mudou de opinião e decidiu votar rápido eu não sei", disse Demóstenes Torres (DEM-GO). Renan Calheiros discursou nesta terça-feira em plenário, reiterou as críticas à revista Veja, responsável pela denúncia que desencadeou o processo por quebra de decoro, e condenou o voto aberto no Conselho de Ética. "A Constituição consagra a modalidade do voto, mas vamos deixar a coisa fluir. O direito constitucional está sendo esmagado em nome da continuidade do linchamento", afirmou. Aliados de Renan pretendem pedir revisão da decisão do Conselho de Ética, caso seja pela cassação do senador, sob o argumento de que a votação teria que ser secreta. Para evitar constrangimentos a seus aliados, Renan disse que ninguém está autorizado a divulgar em seu nome mapas da votação de seu caso em plenário.

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