PUBLICIDADE

Senado aprova quarentena de 3 anos para que ex-juízes exerçam advocacia

Impedimento vale para qualquer atividade que caracterize conflito de interesse ou utilização de informação privilegiada

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - Por votação simbólica, o Senado aprovou, nesta quarta-feira, 14, projeto que altera o Estatuto da Advocacia e estabelece quarentena obrigatória de três anos para ex-juízes e ex-promotores poderem atuar na advocacia privada após aposentadoria ou exoneração.

Decisão foi do 5ª Vara da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo Foto: Tribunal de Justiça de São Paulo

PUBLICIDADE

+++ Maior entidade de juízes diz que não vai à greve por auxilio-moradia

O impedimento vale para qualquer atividade que caracterize conflito de interesse ou utilização de informação privilegiada. A matéria segue para a Câmara dos Deputados. Pelo texto, ex-juízes e ex-promotores ficarão impedidos de divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas; de prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego; celebrar com órgãos ou entidades em que tenha ocupado cargo contratos de serviço, consultoria, assessoramento ou atividades similares, ainda que indiretamente.

+++ PF acha mais 10 quilos de maconha no carro do filho de desembargadora

Autor do projeto, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) reconheceu que uma emenda constitucional de 2004 já estabelecia o período de quarentena, mas avaliou que a falta de regulamentação da norma acabou permitindo abusos.

+++ Juiz que dirigiu Porsche de Eike é condenado a 52 anos de prisão

Ele citou o caso do ex-procurador da República Marcelo Muller, que auxiliou os irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F Investimentos, ainda em processo de desligamento do Ministério Público.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.