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Senado aprova envio de soldados ao Haiti e Timor Leste

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo obteve autorização do Senado para enviar militares brasileiros para integrar as forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti e no Timor Leste. Numa sessão iniciada às 10 horas, governistas e posicionistas fizeram ontem um esforço concentrado para votar sete medidas provisórias e, assim, destrancar a pauta do plenário para aprovar os decreto legislativo referente ao envio dos militares, já que o avião militar da ONU aguarda a autorização no Rio de Janeiro para levar o contingente nacional ao Timor Leste. O envio de 1.200 militares ao Haiti - país que viveu recentemente a deposição de seu presidente Jean Bertrand Aristide - ao custo de US$ 150 milhões foi criticado pela oposição, mas a base aliada obteve 38 votos favoráveis, e houve apenas dez contrários, já às 22h30. "O presidente Lula precisa ouvir o seu ministro da Cultura, Gilberto Gil, e ver que o Haiti é aqui", ironizou o senador Jefferson Péres (PDT-AM), citando uma canção de autoria de Gil. Segundo o senador, não se justifica a despesa que o País terá quando o Rio de Janeiro está sob a violência do crime organizado. "O Rio é refém do banditismo armado", disse. O relator do projeto de decreto legislativo sobre o Haiti, senador Hélio Costa (PMDB-MG), refutou as críticas. Segundo ele, o subsecretário de Estado dos EUA para a América Latina, Roger Noriega, assumiu publicamente em Washington o compromisso de ressarcir o governo brasileiro pelas despesas, que, segundo seu cálculo, deverão chegar a no máximo US$ 20 milhões. Um outro decreto legislativo, aprovado por votação simbólica, autorizou o envio de mais 50 militares ao Timor Leste, aumentando o contingente brasileiro naquele país para 175 homens. O novo grupo, de 50 homens, deverá embarcar imediatamente, no Rio de Janeiro.

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