PUBLICIDADE

Senado aprova aumento de potência de transmissão e número de canais para rádios comunitárias

A ideia é viabilizar a operação do serviço em regiões como as rurais, nas quais a cobertura de uma única comunidade exige alcance maior que o atualmente estabelecido

Por Renan Truffi e Idiana Tomazelli
Atualização:

BRASÍLIA - O Plenário do Senado aprovou projeto, nesta terça-feira, 10, que aumenta a potência máxima de transmissão e o número de canais disponíveis para rádios comunitárias. O projeto de autoria do senador Hélio José (Pros-DF) recebeu duras críticas das emissoras comerciais e agora o texto segue para a Câmara dos Deputados.

O texto inclui na modalidade comunitária canais com potência de até 150 watts — valor superior aos atuais 25 watts. A ideia, segundo o autor, é viabilizar a operação do serviço em regiões como as rurais, nas quais a cobertura de uma única comunidade exige alcance maior que o atualmente estabelecido, em decorrência da típica dispersão dos moradores. A proposta ainda aumenta o número de canais em que as rádios podem operar, passando de um para três.

O projeto recebeu duras críticas das emissoras comerciais e agora o texto segue para a Câmara dos Deputados. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

PUBLICIDADE

Os senadores favoráveis à medida argumentam ainda que a atual potência atinge até um quilômetro de raio de cobertura, limitando o alcance da rádio, que muitas vezes não consegue atender seu público potencial.

++ Planos de telefonia com redes sociais ilimitadas podem estimular desinformação, diz especialista

Em junho, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou nota em que criticava dois projetos de lei no Senado sobre o assunto, incluindo o PLS 513/2017, aprovado em sessão nesta terça-feira. Para a Abert, essas mudanças "favorecem uma concorrência desleal e têm por finalidade o enfraquecimento econômico das emissoras comerciais". A associação pedia para que os senadores rejeitassem as iniciativas, pois na sua avaliação isso poderia trazer "efeitos danosos ao poder público, ao contribuinte e às emissoras comerciais".

++ CNJ vai apurar condutas de Favreto, Gebran e Moro

Na nota, a associação ressalta ainda que a outorga de funcionamento de uma rádio comercial tem "um alto custo e o processo de obtenção é demorado e burocrático". Já a autorização para operar uma rádio comunitária "é sumária, simplificada e gratuita, sendo permitida apenas para entidades sem fins lucrativos".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.