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Senado ainda discute campanha na Internet

Por Eugênia Lopes
Atualização:

O Senado deve votar ainda hoje o item da minirreforma eleitoral que trata da liberdade do uso da internet nas campanhas eleitorais. O relator da reforma, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), fez emenda pondo fim a qualquer restrição no uso da internet, incluindo os sites de notícia. Segundo a proposta, apenas debates feitos na internet terão de seguir as regras impostas às redes de rádio e televisão, como ter a participação de dois terços dos candidatos nas eleições majoritárias. Os senadores já aprovaram a realização de eleições diretas para as vagas de governadores e prefeitos que tiverem seus mandatos cassados por crime eleitoral. Os senadores aprovaram a proposta mesmo sabendo que ela é inconstitucional. "Estão jogando para a plateia. Votamos uma lei ordinária sobre um assunto em que é preciso uma emenda à Constituição", argumentou o senador Tião Viana (PT-AC). Com o apoio de todos os partidos, os senadores derrubaram duas emendas do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que pretendiam dar mais transparências às doações para as campanhas eleitorais. Pela proposta do petista, os nomes dos doadores de campanha teriam de ser conhecidos antes das eleições. Os partidos políticos também teriam de revelar os nomes dos doadores. Publicidade exterior - Um dos temas mais polêmicos da reforma foi a manutenção da proibição do uso de outdoors durante as campanhas eleitorais. Senadores de todos os partidos defenderam a volta do uso de outdoors em campanhas, proibidos desde 2006. "O outdoor para mim é um forma moderna de campanha", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM). "Do jeito que vai, as campanhas estão se transformando em um velório e a eleição está parecendo mais com a defesa de uma tese de doutorado", disse o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos defensores da volta do uso de outdoors.

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