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Senado adia votação da MP que reestrutura carreiras

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Por Cida Fontes
Atualização:

O governo não conseguiu votar hoje no Senado a medida provisória (MP) 440 que reestrutura as chamadas carreiras de Estado e transforma em salário "penduricalhos" como gratificações e adicionais aos funcionários públicos ativos e inativos. Sem o apoio da oposição, que pediu mais tempo para examinar a MP, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi obrigado a adiar a votação para a próxima terça-feira. Entre os beneficiários da MP estão auditores da Receita Federal, servidores do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e outros. A liderança do governo não informou, por outro lado, qual será o impacto da medida na Previdência Social e quantos funcionários serão contemplados. Apesar de se manifestar contra a aprovação de despesas adicionais neste momento de crise, o DEM estava disposto a votar com o governo para que o acordo feito com os funcionários fosse cumprido, mesmo porque os novos salários já estão sendo pagos pelo Executivo. Depois de sair de uma audiência com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), subiu à tribuna para fazer ponderações. "Depois de ouvir do presidente Henrique Meirelles que fora do Brasil o dia foi desastroso, é evidente que a crise financeira está criando novos argumentos", disse. "Não queremos reduzir os salários de ninguém, mas que governo é este que propõe isso? É uma fraude. Um governo que tem uma atitude desta está equivocado e contra o Brasil". E acrescentou: "O governo está jogando para as arquibancadas e remetendo para a frente problemas de hoje. É uma imprudência", afirmou acrescentando que o Executivo enviou ao Congresso um orçamento "vagabundo".

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