PUBLICIDADE

Senado adia novamente votação da PEC do voto aberto

Decisão atende pedido de líderes por uma participação mais expressiva, justifica o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL); pelas regras atuais, o processo contra Genoino ainda será votado secretamente

PUBLICIDADE

Por Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O senado adiou novamente a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto para todas as modalidades de voto no Poder Legislativo. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira, 20, pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A decisão ocorre no dia em que a Câmara dos Deputados anunciou que vai abrir, nesta quinta, processo de cassação contra o deputado licenciado José Genoino (SP), o ex-presidente do PT condenado no processo do mensalão e preso desde o último dia 15. Pelas regras atuais, o processo contra Genoino ainda será votado secretamente.As justificativas oficiais pelo adiamento são o fato de que há cerca de 10 senadores fora da Casa, em missão oficial, e a decisão de antecipar para as 17 horas a sessão conjunta do Congresso Nacional para votar, entre outros temas, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o projeto que desobriga a União de cobrir as metas de superávit primário não cumpridas por Estados e municípios. A votação da proposta que institui o voto secreto já havia sido adiada na última terça. Renan Calheiros disse que líderes partidários pediram a ele o adiamento. "Mas eles querem adiar para que a participação do Senado seja mais expressiva, marcando com uma certa antecedência", justificou.O presidente do Senado disse que não há acordo sobre quais modalidades de voto secreto podem ser abolidas. "Não há como apaziguá-las (as divergências), vai ter que votar mesmo", afirmou. Ele disse que "sinceramente" não sabe se vai ter 49 votos favoráveis para aprovar o fim do voto secreto para casos de perda de mandato parlamentar.  

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.