Semeghini: PSDB precisa da candidatura de Serra

Presidente do PSDB paulistano acredita que ex-governador disputará as eleições

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Por Redação
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BRASÍLIA - De passagem por Brasília para tratar de um empréstimo do Banco Mundial para São Paulo, o presidente do PSDB paulistano e secretário estadual de Planejamento, Júlio Semeghini, engrossou o coro da aposta tucana na candidatura de José Serra à prefeitura da capital. "Há expectativa de Serra ser candidato, sim. O partido precisa muito da candidatura dele e eu acredito muito nela", afirmou.

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Em seguida, no entanto, advertiu que as prévias do PSDB para a escolha do candidato estão se tornando inevitáveis. "Se um dos quatro pré-candidatos se mantiver na disputa, Serra terá que passar pelas prévias e acho que este caminho será o melhor para ele".

Àquela altura, um dos pré-candidatos - o deputado Ricardo Tripoli (SP) - estava conversando sobre a disputa paulistana com o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). Diferentemente dos outros três postulantes, que são secretários do governo de São Paulo e podem ser sensibilizados por um apelo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em favor de Serra, Tripoli é parlamentar e foi o único que apresentou sua candidatura ao diretório municipal com a assinatura de apoio de 220 delegados.

"Serra é um grande nome, um grande quadro, sabe montar uma equipe, mas hoje não é o momento dele", disse Tripoli, ao destacar que não abrirá mão de sua candidatura em favor de quem quer que seja, inclusive Serra. "Tenho o compromisso de sustentar a disputa até a definição do candidato, para legitimar o vencedor das prévias do PSDB", completou, lembrando que há um entendimento entre os quatro tucanos registrados - ele, Andrea Matarazzo, José Aníbal e Bruno Covas - de apoio de todos àquele que ganhar as prévias.

Diante da ausência de qualquer comunicado oficial sobre a candidatura Serra a prefeito, o presidente do partido destacou que quem vai conduzir o processo sucessório na capital paulistana é o governador Alckmin. Advertiu, no entanto, que "para quem tem projeto de partido único, como o PT, a aposta em Fernando Haddad é explicável e a oposição tem que considerar essa variável".

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