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Sem-terra querem verba para liberar ferrovia

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 5 mil trabalhadores rurais ligados ao MST bloqueiam desde a madrugada de hoje a ferrovia de Carajás, que leva o minério de ferro do Pará em direção ao Maranhão. A interdição é para forçar a direção do Incra em Brasília a liberar mais recursos da reforma agrária para os 297 assentamentos do sul do Pará, onde vivem 50 mil famílias em 35 municípios. A Companhia Vale do Rio Doce informou que o transporte de seus vagões e trens de passageiros de Marabá (PA) pelos 890 km da ferrovia até o porto de Itaqui, em São Luís (MA) está suspenso enquanto perdurar o bloqueio. O prejuízo diário da empresa com a paralisação alcança R$ 4 milhões, segundo informou um funcionário da Vale em Parauapebas. De acordo com o líder do MST, Alcenir Monteiro, hoje o Incra só dispõe de R$ 9 milhões para investir na região. O movimento reivindica pelo menos R$ 120 milhões para construção de estradas, postos de saúde e escolas. "A coordenação do movimento acredita que só com ações desse tipo as autoridades ouvem os trabalhadores", disse Monteiro. Neste ano, esta foi a segunda vez que a Ferrovia de Carajás é interrompida. Em fevereiro, os índios Gavião exigiram repasse de recursos atrasados da Vale.

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