Sem-terra provocam incêndio em fazenda em RS

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Antes de sair da fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, na Região Norte do Rio Grande do Sul, na manhã deste sábado, os agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixaram um rastro de destruição na propriedade de 7 mil hectares. O mais grave foi o incêndio de um galpão com madeira pronta para comercialização. Além disso, danificaram um trator e fizeram trincheiras na terra para o caso de um enfrentamento com a Brigada Militar. Tudo isso, e mais a demora na retirada dos colonos em uma semana após a reintegração de posse da propriedade, vencida na tarde do domingo passado, dia 5, fizeram com que Nestor Hein, advogado dos proprietários da fazenda, os irmãos Félix e Vera Guerra, anunciasse que vai entrar com ação contra o Estado: "Eles não saíram no prazo estipulado pela Justiça e ainda danificaram a propriedade". Um dos coordenadores do MST, Edenir Vassoler, disse que a Brigada Militar queria provocá-los para que houvesse um confronto entre as duas partes: "Eles criaram todo um clima de terror e qualquer reação de nossa parte serviria de pretexto para um massacre". Três colonos foram presos por furtos de objetos da sede da fazenda. O MST invadiu a Fazenda Coqueiros no dia 28 de fevereiro e, agora, estão acampados numa área de seis hectares ao lado da Coqueiros, de onde haviam saído no mês passado para a ocupação, que terminou hoje.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.