11 de novembro de 2010 | 18h42
Sem meios para sobrevivência, os sem-terra afirmam que estão passando fome devido à falta de alimentos, principalmente para as quase 500 crianças do acampamento. "São pouco mais de 3 mil desempregados a espera de terra do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)", disse um dos líderes. Uma ordem judicial determina que a permanência do acampamento denominado Antônio Irmão seja no máximo até o próximo dia 18, devido à duplicação da BR-163, cujas obras estão bem próximas ao local, também chamado "cidade de lona".
O ouvidor do Incra, Sidney Ferreira de Almeida, esteve negociando com os manifestantes, juntamente com o chefe do órgão na região, José Osmar Bentinho, mas não chegaram a um acordo. Parte dos sem-terra não quer sair do acampamento, mas alguns concordam em mudar provisoriamente para um terreno de 12 hectares na Fazenda Santo Antônio, também em Itaquiraí.
Os dois funcionários públicos prometeram iniciar amanhã a distribuição de cestas básicas para todo o acampamento. Depois da promessa, a rodovia foi liberada e novas rodadas de negociações deverão acontecer amanhã. Segundo os líderes do movimento, o bloqueio poderá continuar, caso as reivindicações não sejam atendidas.
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