
19 de janeiro de 2010 | 13h52
De acordo com o presidente da Associação dos Assentados da Reforma Agrária Zumbi dos Palmares (Arzup), José Antonio Maciel, o corte do pinus tinha sido embargado no ano passado pela Justiça Federal depois que o Ministério Público Federal (MPF) constatou que o dinheiro da madeira estava sendo desviado por uma cooperativa ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A cooperativa tinha convênio com o Incra para cortar e vender a madeira, aplicando o recurso nos lotes, mas parte do dinheiro desapareceu. Ao constatar as irregularidades, o Incra revogou o convênio. No fim do ano passado, o órgão federal fez um acordo com o Ministério Público para retomar o corte do pinus.
Maciel alega que os assentados foram excluídos do acordo. "Não vamos permitir que a madeira dos lotes seja levada sem retorno para os assentados." Segundo ele, o Incra não fez licitação para a venda do produto que, depois de cortado, precisa ser serrado em no máximo 40 dias. "Depois desse período, a madeira perde valor." O total a ser cortado em mais de 100 lotes chega a 45 mil metros cúbicos, com valor de R$ 3,5 milhões. Até ocorrer o embargo, a cooperativa havia cortado cerca de 100 mil metros cúbicos, segundo ele.
Um funcionário do Incra em Iaras esteve no local do bloqueio e prometeu suspender o corte até amanhã, quando deverá ocorrer uma reunião entre os assentados, a superintendência do órgão e o MPF de Ourinhos. Enquanto dura o impasse, pelo menos 100 famílias assentadas no meio da floresta estão sem condições de produzir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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