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Sem-terra desocupam usinas e invadem fazendas no Pontal

Grupo quer que as dívidas das usinas se transformem em crédito para a reforma agrária; fazenda São Luís está ocupada

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Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) deixaram nesta segunda-feira, 08, três das quatro usinas ocupadas domingo no Pontal do Paranapanema, oeste do Estado de São Paulo, mas invadiram outras propriedades, segundo a Polícia Militar (PM). Os sem-terra que saíram da Usina Dracena, na cidade homônima, ocuparam área arrendada pela própria usina para cultivo de cana-de-açúcar. O grupo que havia invadido a Usina Decasa, em Marabá Paulista, deixou as instalações e invadiu a Fazenda São Luiz, na mesma região. Em Santo Anastácio, após a desocupação da Usina Alvorada, os sem-terra ocuparam uma área na divisa com Presidente Bernardes. Até o início da noite, a Polícia Militar não tinha confirmado a invasão. A Destilaria Laranja Doce, em Regente Feijó, continuava ocupada no final da tarde. Integrantes da Frente anunciaram ter invadido a Fazenda Rio Feio, em Bento de Abreu, na divisa com o município de Lucélia. A PM aguardava o retorno de uma viatura enviada ao local. A Frente, articulada por José Rainha Júnior, do MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST), quer que as dívidas das usinas se transformem em crédito para a reforma agrária. Segundo ele, as usinas ocupadas receberam recursos públicos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e estão endividadas ou falidas. Em nota, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou ter firmado convênio com o governo estadual para retomar terras devolutas na região a fim de assentar famílias. Conforme a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), duas áreas estão em negociação com base no convênio.

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