19 de dezembro de 2017 | 10h57
Atualização às 12h08
BRASÍLIA - Depois de cancelar a sua participação por medo de rachas e vaias na Convenção do PMDB, o presidente Michel Temer chegou ao evento e foi recepcionado aos gritos de “Brasil pra frente, Temer presidente” e foi bastante aplaudido. Assim que chegou, Temer recebeu a benção de um pai de santo e afirmou que havia decidido ir à convenção “para ganhar forças”.
Em sua fala, Temer disse que não foi fácil “pegar um governo do jeito que peguei” e afirmou que “ocupar a Presidência da República pela via constitucional se deve principalmente ao PMDB”, disse. Em outro momento, o presidente disse ainda que devia sua “vida pública ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro)”, em referência à sigla que o partido deve voltar a usar a partir da convenção. Temer, inclusive, foi ao evento para dar o seu voto em relação as mudanças que o partido quer implementar.
Auxiliares do presidente disseram pela manhã que, após os pedidos na Justiça por parte de alguns diretórios para o cancelamento da convenção, a avaliação era de que a participação de Temer poderia “expor” o presidente a uma guerra partidária.
Apesar disso, após uma conversa com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que foi inclusive encontrar Temer no Palácio do Jaburu, o presidente decidiu ir e ao correligionário repetiu as afirmações que vem fazendo em suas falas oficiais.
O presidente citou novamente que resolveu seguir o conselho do publicitário Nizan Guanaes para aproveitar a sua impopularidade para fazer as reformas. Temer lembrou que a PEC do Teto era chamada de PEC da morte, disse a reforma trabalhista já está dando resultado e exaltou mudanças no ensino médio.
Temer reforçou que o País já voltou a gerar emprego e que “agora tem que caminhar para a reforma da Previdência”. “Estou tendo a satisfação de fazer um governo reformista”, disse.
Na saída do evento, o presidente parou para tirar selfies com os correligionários e, apesar de aparentar estar bem-humorado, não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre seu estado de saúde. O cancelamento da participação do presidente gerou especulações sobre a saúde do peemedebista após ele passar por três cirurgias nos últimos 45 dias.
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