Sem Schincariol no caso Renan, PSOL pedirá novo processo

Presidente do Conselho nega pedido do partido para que nova denúncia fosse anexada ao processo; Heloísa havia adiantado que entraria com nova representação

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Por Redação
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O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) rejeitou, nesta quarta-feira, 11, pedido do PSOL para que fosse anexado ao processo que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a nova denúncia envolvendo a Schincariol. A ex- senadora Heloísa Helena, líder da sigla, havia dito que se o Conselho de Ética indeferisse a solicitação, o partido ingressaria com nova representação contra Renan. Segundo a nova denúncia, publicada pela revista Veja, na semana passada, Renan teria favorecido a cervejaria Schincariol em troca da compra de uma fábrica de refrigerantes de sua família por R$ 27 milhões, embora a empresa estivesse com problemas financeiros. A nova denúncia acabou ficando de fora do processo porque, segundo o conselho, a representação contra Renan já estaria em andamento. No entendimento de Heloísa, toda denúncia precisa ser apurada. Em seu parecer, Quintanilha justifica que a aceitação do aditamento "atrasaria o andamento das investigações em curso, feitas a partir de representação de autoria do próprio PSOL". Segundo o presidente do Conselho de Ética já foram estabelecidos os limites da investigação e as denúncias relacionadas à Schincariol "são fatos estranhos ao processo". Ainda segundo Quintanilha, a decisão de indeferir o pedido do PSOL foi tomada em concordância com os três relatores do processo contra Renan: Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PDSB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). Na última terça, Renan apresentou ao órgão quatro representações sobre o processo contra ele, por quebra de decoro parlamentar. Por meio de seu advogado, Eduardo Ferrão, ele questiona decisão de Quintanilha de anular o relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), primeiro relator do processo, que pedia o arquivamento do caso. Renan questiona ainda a abrangência das investigações, pede anulação da primeira perícia da Polícia Federal em seus documentos, alegando que ela foi realizada sem o aval da Mesa Diretora, e pede informações sobre perícia da própria Polícia Federal.

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