Sem 'recesso branco', Câmara cortará salário de quem faltar

Chinaglia avisou que descontará os dias em que os deputados faltarem e que votará projetos nesta semana

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Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

O deputado que faltar às sessões de votação desta semana terá desconto em seu salário. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reafirmou que não haverá abono de faltas por causa da tradicional festa junina no Nordeste nem por causa da realização de convenções partidárias para escolha dos candidatos à prefeito, cujo prazo termina no próximo final de semana. "Vai ter falta. É inapelável", afirmou Chinaglia. Ao contrário do Senado, que adotou um recesso branco, a Câmara terá pauta de votação. Para evitar dúvidas, Chinaglia enviou na quinta-feira passada telegramas a todos os deputados avisando que haverá sessão de votação, quando as faltas têm efeito nos salários, na terça, quarta e quinta-feira. "Não me cabe subordinar o regimento da Casa à manifestação cultural, que eu respeito. Todos nós pagamos um preço e temos de fazer escolha", disse Chinaglia.   Os deputados reivindicaram uma pausa nas votações da Câmara esta semana, mas Chinaglia foi irredutível e avisou que não irá seguir o exemplo do Senado. Mesmo assim, a expectativa é que cerca de 150 deputados, que são de Estados nordestinos, acabem faltando às sessões programadas para esta semana na Câmara. Os deputados também alegam que precisam participar das festas juninas, principalmente em ano de eleições municipais. São os prefeitos eleitos que ajudam os deputados a se reelegerem daqui a dois anos. Esta semana, seis medidas provisórias passarão a trancar a pauta de votações da Câmara. Elas precisam ser analisadas pelos deputados para que a votação do projeto de lei que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS) possa ser concluída. Mas, além do baixo quorum, o governo também enfrentará dificuldades em acabar de votar as medidas provisórias porque os partidos de oposição prometem obstruir as sessões deliberativas da Câmara. var keywords = "";

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