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Sem máscara, Bolsonaro passeia de moto e conversa com garis

Todos os três exames do presidente para a covid-19 deram positivo

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Por Redação
Atualização:

Diagnosticado com o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro passeou de moto na área externa do Palácio da Alvorada nesta quinta-feira, 23. Sem usar máscara, o presidente parou para conversar com trabalhadores que faziam a limpeza do local. O comportamento foi criticado por especialistas ouvidos pelo Estadão.

Apesar da expectativa pelo resultado negativo, Bolsonaro informou o terceiro teste positivo para a covid-19 na última quarta-feira, 22. Desde o dia 7 de julho, quando anunciou que estava infectado, ele segue em isolamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, onde despacha por videoconferência. 

Sem máscara, Bolsonaro conversa com trabalhadores no Palácio da Alvorada Foto: Adriano Machado / Reuters

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Nas fotos, Bolsonaro aparece sorrindo para profissionais que faziam a limpeza da área externa do Palácio. Ele está sem a máscara de proteção, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades da saúde para evitar a contaminação do coronavírus.

“O ideal é que todos os cidadãos usem máscara em tempos de covid-19, independentemente de ter tido ou não a doença. O fato de não estar de máscara tá errado - e isso vale para qualquer cidadão brasileiro”, disse o médico Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “Agora, considerando que já faz mais de duas semanas (que o primeiro exame deu positivo), muito provavelmente ele não tá transmitindo mais o vírus.”

No último dia 7, o presidente informou que recebeu diagnóstico de covid-19. Na quarta-feira, um novo exame deu o mesmo resultado, segundo o Palácio do Planalto.

“A grande maioria das pessoas podem permanecer com (teste) PCR positivo e não necessariamente estar transmitindo o vírus. Eu vejo que, se o presidente ainda está com PCR positivo, o correto era ele continuar usando máscara e manter o distanciamento social”, afirmou o médico Julival Ribeiro, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

No mesmo dia em que o presidente passeou de moto, o Brasil contabilizou uma média diária de 1.055 mortes por covid-19 nos últimos sete dias, apurou o consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

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O levantamento mostrou que, desde as 20h de ontem, o País registrou 1.317 mortes e 58.080 novas infecções de coronavírus. No total, 84.207 vidas já foram perdidas por causa da covid-19 e 2.289.951 pessoas foram infectadas.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos e mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, com 4 milhões de infecções confirmadas e 144 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.  

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