Sem Mares Guia, debate da CPMF continua porque Lula manda

A afirmação é do presidente da Câmara, Arlingo Chinaglia; Tião Viana também diz que negociação não muda

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Por Redação
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O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a substituição do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia  pelo deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), não resultará em quebra de continuidade na articulação política da CPMF. Segundo Chinaglia, "todo ministro tem como chefe o presidente Lula. Portanto, a orientação política continuará sendo a mesma". Mares Guia renunciou após denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de existência de um "mensalão" mineiro envolvendo políticos do PSDB muda o debate político entre governistas e oposição. "Cria condições de um embate num nível diferente, dado que a oposição fez discursos muito duros que poderão, agora, se voltar contra ela", afirmou o presidente da Câmara. Na avaliação de Chinaglia, a substituição do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia - incluído na denúncia do procurador - pelo deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), não resultará em quebra de continuidade na articulação política. Segundo Chinaglia, "todo ministro tem como chefe o presidente Lula. Portanto, a orientação política continuará sendo a mesma".  O presidente interino do Senado, Tião Viana, também comentou a saída de Mares Guia e disse sua saída não interferirá na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a CPMF. "A crise que envolveu Mares Guia foi um momento de instabilidade, mas foi prontamente respondida pelo governo, com sua substituição. Ele tem trânsito para dialogar com a oposição sobre os pontos de entendimento que fazem parte de uma agenda, discutida à luz do dia, envolvendo o assunto CPMF, a contribuição provisória sobre movimentação financeira". Sobre o senador tucano Eduardo Azeredo- também denunciado no esquema, Viana disse que a denúncia não atingirá o Senado. O procurador denunciou Mares Guia, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o empresário Marcos Valério, e outras 13 pessoas. Em 1998, conforme a denúncia, o ex-ministro e o então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), teriam montado - com ajuda do então coordenador financeiro da campanha, Cláudio Mourão, e do candidato a vice-governador, Clésio Andrade - um esquema de desvio de pelo menos R$ 3,5 milhões de recursos públicos para o caixa da campanha de Azeredo pela reeleição.

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