Sem chances, oposição pede em voto indiciamento de Dilma

Com maioria governista, CPI não deve aprovar voto da oposição, que pede indiciamento de 33 pessoas

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Por Redação
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A oposição leu nesta quinta-feira, 5,  na CPI dos Cartões Corporativos um voto em separado sobre as investigações em torno do mau uso dos cartões corporativos e sobre a elaboração de um dossiê sobre gastos do governo Fernando Henrique Cardoso. O voto em separado foi lido pelo deputado Índio da Costa (DEM-RJ). No voto em separado, a oposição pede o indiciamento de 33 pessoas, entre elas, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, suas assessoras Erenice Guerra e Maria Soledad de Castillo, além dos ex-ministros Matilde Ribeiro, Olívio Dutra, Benedita Silva e Eunício Oliveira. Veja também: Dilma mentiu sobre dossiê, diz presidente da CPI dos Cartões Veja o dossiê com dados do ex-presidente FHC  Entenda a crise dos cartões corporativos  Teste seus conhecimentos: quem diz o que sobre o dossiê  O voto em separado pede ainda o indiciamento de Altemir Gregolin (da Secretaria Especial da Pesca), mas sugere apenas a abertura de processo pela Comissão de Ética Pública no caso de Orlando Silva (dos Esportes), que usou o cartão corporativo para comprar uma tapioca em Brasília. O voto em separado da oposição não tem, no entanto, chances de ser aprovado pela CPI mista dos cartões corporativos. O governo tem ampla maioria na comissão e deverá aprovar daqui a pouco relatório do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que não pede o indiciamento de nenhum dos envolvidos no mau uso de cartões ou com a montagem de dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Semana passada, os deputados Carlos Sampaio e Índio da Costa também apresentaram relatório que não pedia indiciamento de nenhum dos envolvidos. O senador José Agripino (DEM-RN) afirmou que a oposição apresentou voto em separado pedindo indiciamentos para "não pactuar com a impunidade". Segundo Agripino, se a CPI Mista não tivesse rejeitado tantos requerimentos para a tomada de depoimentos, teria sido possível apresentar um relatório com investigações mais concretas. "Se a impunidade acontece, não é com a nossa conivência. Iremos ao Ministério Público e chegaremos onde for possível chegar",garantiu Agripino. (Com Agência Senado)

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