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Seis fazendas são invadidas no Pará

Por Agencia Estado
Atualização:

Seis fazendas localizadas nas regiões sul e sudeste do Pará foram invadidas e ocupadas desde segunda-feira por mais de 500 famílias ligadas à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). "Estamos cansados de esperar por uma solução por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a ordem é ocupar terras ociosas na região", justifica a entidade, por meio de nota. "A maioria das famílias invasoras, chefiadas por trabalhadores desempregados, está sendo recrutada na periferia de cidades como Marabá, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Rondon do Pará e Eldorado dos Carajás. Na nota, a Fetagri adverte que outras invasões irão acontecer nas próximas horas, mas evita fornecer os locais para não chamar a atenção dos proprietários. "Ao longo das rodovias federais e estaduais no sul do Estado, os fazendeiros estão contratando empresas de segurança e pistoleiros para defender suas terras. O clima é de muita tensão diante da possibilidade de conflitos armados. "Em Rondon do Pará foram invadidas as Fazendas Paraíso e Santa Mônica, que a entidade garante terem sido "griladas" pelos atuais proprietários. O dono da Santa Mônica é Lourival de Souza Costa, o Pirrucha, acusado de ser um dos mandantes do assassinato do diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon, Ribamar Francisco dos Santos. O crime foi praticado no dia 6 de fevereiro deste ano. "A Fazenda Landi, em São João do Araguaia, foi invadida pela terceira vez por 70 famílias. Ela fica próximo de um quartel do Exército. Entre os municípios de Marabá e Itupiranga foi ocupada a Fazenda Arapari, de 3,6 mil hectares. "O proprietário do imóvel é o coronel do Exército Renato Vidal Sant´Anna, comandante em Marabá do 23° Batalhão Logístico de Selva. Oitenta e cinco famílias estão no local. Outras duas fazendas, sem denominação, estão em poder de mais de duzentas famílias. "A direção do Incra em Marabá informou que não irá fazer vistoria em áreas que estejam ocupadas. No caso da Fazenda Landi, o órgão disse que ela não se presta para o assentamento de agricultores.

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