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Seguranças da Câmara agridem fotógrafo do 'Estado'

Beto Barata tirava fotos enquanto assessora de Paulinho entregava defesa do deputado no Conselho de Ética

Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

A entrega da defesa do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, no Conselho de Ética, acabou nesta quinta-feira, 26, em agressões ao fotógrafo Beto Barata, do jornal O Estado de S. Paulo, pela segurança da Câmara. Na tentativa de impedir o profissional de exercer o seu trabalho, o fotógrafo foi imobilizado, estapeado e, na agressão física, teve o colete rasgado e uma lente da máquina danificada. A atuação truculenta da segurança da Câmara começou quando a funcionária do deputado, que não se identificou pelo nome, deixou a sala do Conselho de Ética e seguia pelo corredor em direção a uma das saídas da Casa - a saída do prédio conhecido como anexo 2. Irritada por ser fotografada, a funcionária solicitou a intervenção dos seguranças. Ao ser abordado pelo segurança, o fotógrafo mostrou credencial e se identificou. Mesmo assim, o policial da Câmara disse que ele estava preso e o imobilizou. Mais policias chegaram para levar o fotógrafo para a sala da Segurança da Câmara, que fica em um dos anexos da Casa - o anexo 3. No meio do caminho, um dos seguranças deu um tapa no rosto de Beto Barata, que reagiu. O tumulto foi formado e o diretor do Departamento de Policia Legislativa da Câmara, José Gilmar Araújo, foi chamado às pressas e avisou que o profissional não estava preso. Em nota divulgada no início da noite, a Secretaria de Comunicação Social da Câmara informou que, por determinação do diretor geral, Sérgio Sampaio, será instaurado inquérito "para cabal apuração do ocorrido, inclusive com o uso das imagens do circuito interno da Casa". A nota diz ainda que "os servidores envolvidos serão identificados e afastados de suas atividades de policiamento até o esclarecimento dos fatos".

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