Segurança pública predomina em debate com Alckmin

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Por Redação
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Segurança pública foi o tema que mais opôs nesta segunda-feira os principais candidatos ao governo de São Paulo, no segundo debate em dois dias. Ao contrário do programa de sábado à noite, exibido pela TV Band, o encontro transmitido pelo SBT, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, portal UOL e Rádio Jovem Pan, contou com a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição que se recupera de uma infecção intestinal.A estreia do tucano nos debates deste ano naturalmente transformou-o no principal alvo de seus adversários. Paulo Skaf (PMDB) travou uma batalha de números na segurança com Alckmin, que criticou a gestão do "chefe de campanha" do peemedebista, o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho. De Alexandre Padilha (PT), as críticas foram da segurança à crise hídrica, além da educação.O debate começou com uma pergunta de Walter Ciglioni, do nanico PRTB, a Alckmin. Na pergunta, Ciglioni fez críticas ao governo federal por sua política de combate às drogas e segurança nas fronteiras, o que deu ao tucano a oportunidade de fazer o mesmo em relação à gestão petista, além de exaltar projetos de seu atual mandato. Em sua vez de perguntar, o governador repetiu uma estratégia já utilizada na campanha de 2010 e evitou se dirigir aos principais adversários. Alckmin tentou fazer uma "dobradinha" com Ciglioni, mas foi avisado pelos organizadores do debate de que isso não era possível.A segunda opção foi outro nanico. Laércio Benko (PHS) foi menos cordial com o governador e trouxe o debate de volta às questões estaduais. Ao responder à pergunta de Alckmin sobre mobilidade urbana, Benko, que é calvo, atacou o que chamou de "lentidão" do governo no setor: "Eu ainda tinha cabelo quando começou a obra do Rodoanel, e ela ainda não acabou", ironizou. Ele disse ainda que a expansão do Metrô acontece em ritmo "muito lento".Na réplica, Alckmin enumerou obras em andamento: "Estamos entregando a Linha 4 do Metrô, a Linha 5 está toda em obra, a Linha 6 já está começando. Assinamos linha para São Bernardo do Campo."Polícia em pauta. No segundo bloco, os candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas, o que fez esquentar o clima. Alckmin foi questionado se sancionará a lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, que proíbe o uso de máscaras em manifestações. "Somos contrários a qualquer tipo de máscara", afirmou Alckmin. "Uma coisa é manifestação, outra é violência, é baderna, e a polícia de São Paulo é firme sobre isso." Ao comentar a resposta, Skaf disse que o governador não explicou por que, passados dois meses, não sancionou a lei. "Eu sancionaria na hora." Alckmin rebateu - "Deixei claríssimo que a lei será sancionada" - e emendou uma crítica ao adversário do PMDB e a seu partido. "O candidato Skaf fala muito sobre segurança pública. É bom lembrar que assumimos o governo vindo do partido dele", disse. "Na época do Fleury a polícia não tinha dinheiro para gasolina e o índice de homicídios era 30 (casos) por 100 mil (habitantes). Hoje é 10 por 100 mil."Na pergunta seguinte, Skaf começou sua resposta retrucando o tucano. "Eu gostaria de dizer ao Alckmin que o maior índice de homicídio foi no tempo em que ele era vice-governador do (Mário) Covas", afirmou. O comentário ficou a cargo de Padilha, que também se voltou contra Alckmin e a alta nos crimes contra o patrimônio. "Eu criei o Mais Médicos e o governador criou o ?Mais Roubos?." Em seguida, o petista criticou o tucano pela crise hídrica e disse que não adotará o racionamento, se for eleito. No bloco seguinte, Alckmin e Padilha travaram novo embate, agora sobre educação. "O governo do Estado é o único do Brasil que investe 30% do orçamento em educação", disse o tucano. (Daniel Bramatti, Mateus Coutinho, Ricardo Chapola, Mateus Coutinho, Valmar Hupsel Filho, Carla Araújo e Wladimir D?Andrade)

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