Segurança do Senado prende 7 manifestantes do PPS

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Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

Sete jovens do PPS foram agredidos e detidos por seguranças do Senado quando faziam manifestação nos corredores da Casa contra a prática da troca de votos por favores do Executivo. Numa referência ao discurso em que o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou que os senadores estivessem fazendo grandes reivindicações e afirmou que todos eram "franciscanos" e não queriam mais do que "um chinelinho", os manifestantes estavam vestidos de frades franciscanos e carregavam nas mãos chinelos que entregariam aos senadores. Informados da agressão, os senadores peemedebistas Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos (PE), excluídos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a mando de Calheiros, na semana passada, foram até a Polícia do Senado e apelaram pela libertação dos manifestantes. Saíram de lá dez minutos depois, mais irritados do que quando entraram. "Deve ser a mando do Renan. Eu fiz um apelo, e o segurança não mais respeita nem um senador. Isso é uma arbitrariedade. Este é o quadro que vive o Senado hoje", protestou Vasconcellos. Na mesma linha, Simon responsabilizou Calheiros pelo episódio e, mais uma vez, pediu que o presidente do Senado deixe o comando da Casa antes que leve a instituição ao ridículo. "Tudo isso só tem um culpado, que se chama Renan Calheiros. Ele deveria ter a dignidade de sair, caso contrário sairá humilhado e da pior maneira possível, levando o Senado para o ridículo", afirmou Simon. Os manifestantes continuavam detidos na sala da Polícia do Senado até o início da tarde.

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