
26 de outubro de 2017 | 14h11
BRASÍLIA - A procuradora Zani Cajueiro comunicou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que vai deixar o cargo de secretária-geral do órgão. Ela formava cúpula do comando da instituição por escolha de Raquel. Internamente, segundo o Estado apurou, Zani manifestou discordâncias com o modelo de trabalho da procuradora-geral.
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O pedido de demissão foi antecipado pelo portal da revista Época. Em mensagem aos membros do Ministério Público ela confirmou que solicitou a exoneração na última quinta-feira, 25, do cargo de secretária-geral do Ministério Público da União e desejou sucesso a quem assumir o posto.
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O cargo de secretário-geral é considerado de grande importância dentro do Ministério Público, pois lida com orçamento e estrutura interna da instituição. A saída rápida de Zani foi estranhada por procuradores da República.
Ela fica lotada originalmente na Procuradoria da República em Juiz de Fora, Minas Gerais, e deve aguardar até que Raquel oficialize o novo nome a ocupar o cargo para voltar ao seu posto original.
A saída de Zani Cajueiro configura a segunda baixa na equipe de Raquel Dodge após pouco mais de um mês da posse da procuradora-geral. O primeiro a deixar o núcleo de Raquel foi o procurador Sidney Madruga. Ele pediu exoneração da função de coordenador do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) após ser flagrado por reportagem do jornal Folha de S. Paulo dizendo que a "tendência" no órgão era investigar integrante da equipe de Rodrigo Janot, antecessor de Raquel.
A PGR não irá se manifestar enquanto não for oficializada a exoneração oficializada. Procurada por e-mail, Zani Cajueiro não retornou contato da reportagem.
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