
09 de janeiro de 2013 | 17h45
A ausência de citação é estranha, já que a ação impetrada pela procuradoria fiscal ocorreu em novembro de 2011, o processo foi autuado em janeiro do ano passado e ainda naquele mês foi proferido despacho de citação da contribuinte. O mandado de citação, porém, só foi expedido no dia 25 de setembro pela secretaria da 5ª, que a própria Sueli Azevedo confessa nunca ter recebido. O oficial de justiça não teria nenhum problema em localizá-la, já que o gabinete dela ficava dentro do prédio do Tribunal de Justiça.
"Ninguém mais do que eu recebeu com surpresa a informação acerca da existência do débito com o IPTU no valor de R$ 1.090,77, relativo ao exercício de 2007, sobre um imóvel de minha propriedade, na época alugado para terceiros", disse a secretária, que não falou com o Grupo Estado, mas apresentou seus esclarecimentos por meio de nota. Segundo ela, para honrar a confiança que o prefeito Zenaldo Coutinho depositou ao indicá-la para o cargo, "ainda hoje tomei providências para o pagamento da dívida do IPTU, com todos os acréscimos legais".
Sueli Azevedo disse que estava tão tranquila, pois em sã consciência nunca deixou de pagar nenhum tributo, que não teve a curiosidade que moveu o jornalista autor da matéria, de "pesquisar o meu nome na internet em busca de algo que me incriminasse". A dívida do IPTU, ainda de acordo com a secretária, não era dela, locadora do imóvel, mas do locatário.
Sobre outro caso judicial, a transferência de propriedade de uma sepultura no cemitério de Santa Isabel em que se beneficiou de gratuidade judiciária só concedida a pessoas comprovadamente pobres, explica que não sabia que familiares seus tinham se beneficiado da lei, embora o nome dela apareça entre os favorecidos pela decisão do juiz.
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