Secretaria de SP corrige número de pessoas em ato pró-Dilma de 3 mil para 50 mil
Secretaria de Segurança Pública do Estado havia informado que apenas 3 mil participaram de ato contra o impeachment na Av. Paulista na quarta; em nota nesta quinta órgão culpa imprensa e muda valor
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Por Ricardo Galhardo , Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho
Atualização:
São Paulo - A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo retificou a estimativa de público da manifestação em defesa da presidente Dilma Rousseff, realizada nesta quarta-feira, 16, na Avenida Paulista. Inicialmente a Polícia Militar informou que haviam apenas 3 mil pessoas na manifestação. O número causou indignação entre os organizadores do evento, que falavam em números entre 70 mil e 100 mil manifestantes. Policiais que trabalharam no evento ouvidos pelo Estado estimavam 70 mil participantes. Segundo o Datafolha, foram 55 mil. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 17, a SSP tenta colocar a culpa na imprensa pelo erro de estimativa. "Em relação ao número de participantes na manifestação de ontem (16), alguns órgãos de imprensa erraram ao informar o número fornecido pela Polícia Militar. Foi noticiado apenas três mil manifestantes como número total, confundindo e desinformando a população. O registro de três mil manifestantes refere-se ao início da manifestação, atingindo 50 mil manifestantes no seu ápice, pela contagem da PM", diz a Secretaria.
Manifestações contra impeachment por todo o Brasil
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Manifestações contra impeachment acontecem por todo o Brasil
OdiafoimarcadaporinúmerosatoscontraoprocessodeimpedimentodaPresidentedaRepúblicaDilmaRousseff.EmSãoPaulo,amanifestaçãoorganizadapor centrais sindicais... Foto: Alex Silva/EstadãoMais
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'Fora já daqui; o Eduardo Cunha junto com o Levy', gritavamos manifestantes na avenida Paulista em protesto contra a política econômica do ministro da... Foto: Alex Silva/EstadãoMais
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A Avenida Paulista ficou tomada por manifestantes que apoiavam a presidente Dilma Rousseffna tarde desta quarta-feira. Eduardo Cunha, presidente da Câ... Foto: Miguel Schincariol/AFPMais
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No Rio de Janeiro, o ato a favor de Dilma aconteceu na região central da cidade. Um manifestantefantasiado do deputado Eduardo Cunha jogou dezenas de ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
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O protesto começou em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro Foto: Fábio Motta/Estadão
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Em faixas e cartazes, os manifestantes destacam o equilíbrio social conseguido por Dilma em seus anos como presidente Foto: Fábio Motta/Estadão
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A manifestação a favor da presidente Dilma Rousseff tomou também as ruas de Belo Horizonte na tarde desta quarta-feira Foto: Rodrigi Gini/Estadão
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O ex-secretario nacional de Direitos Humanos, Nilmario Miranda, marcou presença no ato em Belo Horizonte Foto: Rodrigi Gini/Estadão
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A manifestação em Recife contou, além de inúmeros manifestantes, com carros de som, que incentivavam o público a cantar músicas de apoio a Dilma Rouss... Foto: Monica Bernardes/EstadãoMais
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O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara e principal responsável pelo pedido de Impeachment também foi o grande alvo da manifestação Foto: Monica Bernardes/Estadão
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A aposentada, Maria Lira, 62, decidiu participar da manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff com um acessório especial, a bandei... Foto: Monica Bernardes/EstadãoMais
A versão não corresponde com as informações prestadas na quarta à noite pelo setor de imprensa da PM. Às 20h o Estado ligou para o departamento de Comunicação Social da PM para saber se havia uma nova estimativa. A resposta foi que o número final era de 3 mil participantes. Questionada sobre o momento em que foi feita a estimativa, a policial responsável pelo atendimento à imprensa disse que o cálculo ocorreu às 18h50, quando a manifestação estava no auge e os manifestantes já caminhavam da Avenida Paulista rumo à Praça da República, onde o ato foi encerrado.
"Achei muito estranho a PM ter dado este número e ainda confirmado no final do dia pela imprensa. Depois foram constrangidos pelas imagens a voltar atrás. Achei muita cara de pau", disse a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral.
A Polícia Militar foi procurada para comentar o assunto mas pediu para que as perguntas fossem enviadas por e-mail que ainda não foi respondido.